O JUDÔ não é apenas uma luta desportiva, ou um sistema invencível de ataque e defesa. Antes de mais nada é um processo de educar a mente, o corpo e a moral, portanto é EDUCAÇÃO.
Estão absolutamente errados aqueles que querem através do JUDÔ, se tornarem apenas valentes campeões, embora o JUDÔ seja um esporte de luta, seus objetivos vão muito além da competição, visa acima de tudo uma formação global do indivíduo portanto seu objetivo é nobre.
Através do JUDÔ, os educados podem adquirir condições suficientes e necessárias para enfrentar os rigores do dia a dia, com alegria, naturalidade, disciplina, esforço e coragem. Entre as virtudes sociais estão a vivacidade, a modéstia, a pontualidade e a justiça. Juntamente com o progresso técnico é desenvolvido o sentido de autoconfiança, o que constitui a base do equilíbrio mental e emocional.
Sendo assim, a prática BEM ORIENTADA do JUDÔ, proporsiona calma, paz de espírito, dignidade, compaixão e amor ao próximo, condições essenciais para uma vida próspera e coberta de satisfação.
Ao contrário do que muitos pensam, o aprendizado do JUDÔ é muito fácil e agradável, não é necessário possuir condições físicas excepcionais; por outro lado é imprescindível ter boa vontade, dedicação, perseverança e disciplina. Disse bem Koizumi, introdutor do JUDÔ na Inglaterra, quando afirmou: " O aprendizado do JUDÔ, quando é realizado por professores dedicados e competentes, oferece meios para exercitar e recrear a mente e o físico, cultivando um equilíbrio harmonioso e global para a saúde da mente e do corpo, estimulando o ser humano a ser dono de seu próprio corpo, da sua mente e de suas emoções."
O JUDÔ COMO EDUCAÇÃO FÍSICA:
O JUDÔ como Educação Física deve ser orientado pelos princípios anátomo-fisiológicos. Durante a infância, a Educação Física deve visar o desenvolvimento harmonioso do corpo da criança. Na fase adulta deve manter e melhorar o funcionamento de todos os órgãos, assegurando assim uma boa saúde.
A prática da Educação Física deve ser orientada por exercícios e jogos, levando-se em conta as limitações de cada aluno, nunca sobrecarregando de forma exaustiva o organismo, o que poderá acarretar um prejuízo para o desenvolvimento do aluno.
De um modo geral as aulas devem conter atividades que estimulem o desenvolvimento cárdio-respiratório, a flexibilidade, a postura, a destreza e a força muscular.
As atividades devem ser divididas por fases do desenvolvimento do organismo do aluno, sendo assim divididos em:
Educação Física elementar : destinados a crianças entre 04 a 13 anos mais ou menos, essas práticas são desenvolvidas entre ambos os sexos, onde se visa uma formação global da criança, não tendo como objetivo principal o treinamento desportivo ou seja a competição.
Educação Física secundária : compreende grupos de alunos entre 14 a 18 anos mais ou menos, nesta fase há uma exigência maior do organismo, pois na fase da puberdade existe um desenvolvimento maior do corpo, onde ocorre as mudanças para uma fase adulta, é onde a Educação Física ajuda no desenvolvimento global do organismo.
Educação Física superior : nesta fase entre 18 a 35 anos mais ou menos, é onde vemos o desempenho do atleta desportivo propriamente dito, onde se tem como objetivo a pratica do esporte como uma atividade competitiva ou simplesmente uma atividade de descontração.
Educação Física de conservação : é a fase após os 35 anos, onde o único objetivo é a prática de uma atividade física de relaxamento e descontração.
Os limites acima enquadrados devem ser considerados apenas como indicativos.
Fonte: Por Elton Silva
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