Judoca Rafaela Silva é cortada e causa mal estar entre CBJ e Flávio Canto.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010.
Rio de Janeiro - RJ

"Faz lembrar um período negro e autoritário na história de nosso esporte que esperamos não voltar mais"
Flávio Canto defendeu Rafaela Silva do corte e criou um mal estar com a CBJ
Campeã mundial júnior em 2008, a judoca Rafaela Silva foi cortada na noite deste sábado da delegação que representará o Brasil na edição 2010 da disputa, a partir de 21 de outubro, no Marrocos. Desta forma, ela não poderá lutar pelo bicampeonato na categoria.
 
A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) alegou que a atleta "deixou a concentração sem autorização e sem comunicar a comissão técnica das categorias de base" na sexta-feira. No sábado, ela foi apresentada pelo Fluminense, ao lado de Flavio Canto e outros atletas do Instituto Reação, comandado pelo medalhista olímpico.

A decisão foi tomada em conjunto pelo presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, o coordenador técnico da base, Luiz Romariz, o coordenador técnico internacional da CBJ, Ney Wilson, e os treinadores Douglas Vieira, Henrique Guimarães e Rosicleia Campos.

Através de nota oficial divulgada neste domingo, Canto manifestou a sua indignação. "Na minha opinião um grande mal entendido provocou o corte da atleta Rafaela Silva do Mundial Júnior de judô. A autorização para sair da concentração para participar da apresentação no Fluminense foi solicitada sim, inclusive por mim. Faltou porém, melhor entendimento por nossa parte sobre a aprovação formal desta liberação. Rafaela não foi à praia ou ao cinema, foi se apresentar no seu novo patrocinador", reclamou o judoca.

Representante da categoria até 57kg, Rafaela defendeu o Brasil no último Mundial adulto de judô, realizado em setembro no Japão. Canto também esteve na delegação verde-amarela.

"Respeito a decisão da CBJ, que vem fazendo um ótimo trabalho à frente do judô brasileiro nos últimos anos. Entretanto, considero o corte, sem direito à defesa, um tremendo exagero e sem nenhum sentido construtivo. Faz lembrar um período negro e autoritário na história de nosso esporte que esperamos não voltar mais", disparou Canto.

Divulgação Judo Familia Fontes

Fonte: Gazeta Esportiva

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