Érika Miranda pode reencontrar Forciniti nos Jogos Mundiais Militares.

segunda-feira, 20 de junho de 2011.
Medalhista de prata no Grand Slam do Rio é policial militar e promete à brasileira uma nova final na cidade em julho

O Hino Nacional Brasileiro soou no sistema de som do Maracanãzinho na noite deste sábado, com a brasiliense Érika Miranda no ponto mais alto do pódio da categoria até 52kg do Grand Slam de Judô do Rio de Janeiro, e a italiana Rosalba Forciniti ao seu lado, na segunda posição. O público celebrou animadamente, sem saber que pode ver a cena se repetir em julho, nos Jogos Mundiais Militares, em que ambas vão competir.

Érika Miranda está entre as atletas admitidas pela Marinha para a competição, que terá o Brasil como sede neste ano. Já Forciniti é policial militar na Itália. Amigas e ocasionais companheiras de treino, as duas já aguardam o reencontro em julho.

- Ela (Forciniti) disse lá no pódio que vai fazer a final dos Jogos Mundiais Militares comigo de novo. Hoje foi uma prévia – contou a brasileira, cuja medalha de ouro neste sábado foi a primeira de uma mulher brasileira em um Grand Slam.

O feito coroou a volta por cima de Érika, que há três anos foi cortada das Olimpíadas de Pequim-2008 já na Vila Olímpica. Segundo sua treinadora, Rosicleia Campos, a brasiliense, que na época sofreu lesão nos ligamentos cruzado anterior e colateral, caiu de joelhos, aos prantos, implorando para ficar na China para disputar os Jogos. Tanto Rosicleia quanto Ney Wilson, coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, descreveram o corte como o pior momento de suas vidas no judô.

Entretanto, Érika não esmoreceu. Recuperou-se da lesão e, aos poucos, foi crescendo nas competições internacionais. Em novembro de 2010, foi prata no Grand Prix de Abu Dhabi, e neste ano, foi prata na etapa austríaca da Copa do Mundo, em fevereiro. Seus resultados nos últimos três anos a deixaram na 10ª posição do ranking mundial de sua categoria, que classifica aos Jogos Olímpicos de Londres-2012. O título no Rio, com vitórias sobre judocas melhor rankeadas como Laura Gomez e Yanet Bermoy Acosta, deve impulsioná-la ainda mais na lista e ajudá-la a, enfim, chegar a uma Olimpíada.

- Tem que ter paciência, tudo é no tempo de Deus. O judô ensina a ter superação todos os dias. Pequim não foi muito bom, mas se eu deixasse isso me abater, não estaria aqui neste momento maravilhoso – disse Miranda, que ainda pretende aproveitar a vitória por mais um tempo, pelo menos até reencontrar Forciniti nos Jogos Mundiais Militares:

- Acho que vou dormir com a medalha hoje (risos)…

Fonte: SporTv

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