Hábitos de hidratação em adolescentes praticantes de judô

domingo, 12 de setembro de 2010.
1. Resumo

O objetivo deste trabalho foi verificar os hábitos e o nível de conhecimento sobre a hidratação entre atletas adolescentes praticantes de judô de um clube esportivo e uma academia em São Paulo. Foram avaliados um total de 36 adolescentes esportistas (32 meninos e 4 meninas) entre 10 e 19 anos de idade. A coleta de dados se deu de forma aleatória durante o treinamento. Empregou-se uma pesquisa do tipo descritiva com delineamento transversal, fazendo uso das medidas de massa corporal, estatura e um questionário padronizado, com 10 perguntas objetivas, auto-administrado.

Os resultados indicaram que, apesar dos judocas possuírem um nível razoável de conscientização em relação à importância da hidratação para o benefício do desempenho esportivo, acabam não se hidratando adequadamente. De acordo com os resultados do perfil nutricional da população, encontrou-se um total de 64% de eutróficos e nenhum baixo peso. Entretanto, 36% dos atletas estavam com sobrepeso, sendo que 14% se encontravam obesos. É importante ressaltar a necessidade de medidas antropométricas complementares, dado que a população adolescente, usualmente, passa por significativas alterações corporais durante seu processo de maturação sexual.

2. Introdução

O judô foi criado em 1882, no Japão, por um jovem graduado em filosofia chamado Jigoro Kano. É considerado como arte marcial, a qual valoriza não apenas a defesa pessoal do indivíduo, mas também o aperfeiçoamento moral e a exaltação do caráter (Judoinfo, 2002). O esporte em si proporciona uma elevada demanda metabólica do atleta, tanto no treinamento quanto em competições. Para que um atleta tenha um rendimento adequado, vários fatores deverão estar bem ajustados, entre estes a nutrição e a hidratação. Uma alimentação e hidratação bem balanceadas repõem os nutrientes durante o treinamento e podem ser o diferencial para o rendimento de um atleta, uma vez que o nível dos competidores, na maioria das vezes, é semelhante. O treinamento total de um judoca pode chegar a seis horas diárias, provocando uma perda hídrica de até quatro litros, o que torna o consumo de líquidos fundamental para a boa performance do atleta e também para que se evite a desidratação (Judoinfo, 2002).

A reposição hídrica realizada apenas nos momentos de sede irá repor apenas de metade a dois terços do líquido perdido. Cada treino sucessivo, sem que haja uma hidratação adequada, irá provocar no atleta um futuro déficit hídrico. Para se determinar o volume hídrico a ser reposto, é necessário que o atleta se pese antes e após os treinos. Para cada 500 g perdidos, são necessários 150% de líquido para manter o equilíbrio hidroeletrolítico. O líquido deve estar disponível aos atletas antes, durante e após os eventos esportivos, com o intuito de se evitar a desidratação e os danos provocados pelo calor excessivo (Probart et al., 1993).

O estado normal de hidratação (euidratação) apresenta pequenas variações, decorrentes das condições de temperatura e da atividade física realizada (Greenleaf, 1992). Hiper-hidratação e hipoidratação dizem respeito, respectivamente, ao aumento ou à diminuição do volume hídrico corporal. Desidratação, por sua vez, refere-se ao processo de perda de água, passando de um estado hiper-hidratado para um estado euidratado e/ou continuamente para um estado hipoidratado (Greenleaf, 1992; Sawka & Greenleaf, 1992). Reidratação é o processo de recuperação do volume hídrico corporal normal, a partir do estado hipoidratado em direção ao estado euidratado. Esse termo, contudo, não deve ser usado para o aumento da água corporal a partir do estado euidratado para o estado hiper-hidratado (Greenleaf, 1992).

Quando a temperatura e a umidade do ambiente estão elevadas, a capacidade de manter a atividade física é reduzida (Maughan & Noakes, 1991). Nessa situação o processo de desidratação e termorregulação é um importante fator determinante da fadiga (Maughan, 1991; Maughan & Noakes, 1991). O volume de suor necessário para dissipar essa quantidade de calor pode resultar em grande perda de água corporal, associada à perda de eletrólitos. O rendimento no exercício é reduzido quando o indivíduo está hipoidratado em 2% do seu peso corporal e perdas hídricas maiores que 5% do peso corporal podem diminuir a capacidade física em 30% (Saltin & Costill, 1988). Se a desidratação persistir com perda de água superior a 7%, o risco de colapso circulatório se torna iminente, e no extremo, a hipertermia pode levar ao choque térmico e à morte (Casa et al., 2000).

Existem várias limitações importantes e que, para as pessoas fisicamente ativas, dificultam o equilíbrio hidroeletrolítico. Ao fazer exercício intenso ou em clima quente e úmido é impossível ingerir líquidos ao ritmo em que se está perdendo. É necessário então buscar maneiras de diminuir o impacto da perda de líquido pela sudorese e avaliar estas perdas, através da pesagem antes e após os treinos. É importante diminuir, portanto, o tempo e esforço dedicados ao aquecimento, modificando-se a estratégia de treinamento ou de competição, reduzindo-se a intensidade e/ou a duração do exercício e tendo descansos mais freqüentes e prolongados. Também é importante vestir roupa folgada e evitar exercitar-se com muita roupa ou acessórios plásticos, que não ajudam a reduzir a gordura corporal, mas deixam o exercício mais difícil e aumentam os problemas relacionados com o calor (Aragón-Vargas et al., 2001).

Os atletas adolescentes fazem parte de uma categoria muito especial. A adolescência é uma fase crítica para o crescimento e desenvolvimento do ser humano e, portanto, os profissionais e treinadores devem estar conscientes do aumento das demandas nutricionais deste grupo e dos fatores que acabam por interferir no consumo adequado de alimentos. Em relação à hidratação, sabe-se que as crianças e os jovens suam menos, produzem mais calor e são menos eficientes na transferência do calor dos músculos para a superfície corporal. Eles também se adaptam ao calor mais vagarosamente do que os adultos. Todos estes fatores contribuem para aumentar os riscos da desidratação (Perron & Enders, 1985).

Convém lembrar que as crianças e os jovens atletas nem sempre se lembram de se hidratarem ou postergam o consumo de líquidos até o limite, ficando o encargo de lembrá-los aos treinadores e profissionais responsáveis. A restrição hídrica e o uso de diuréticos ou qualquer outra prática que promova a perda de água, muito comuns em esportes que se utilizam de categorias de peso, pode levar ao desequilíbrio eletrolítico e a sérias conseqüências para a saúde e performance do atleta. O treino adequado, aliado às boas práticas de nutrição e hidratação, pode auxiliar os adolescentes a maximizar seu estado de saúde em geral e, especificamente, sua performance final (ADA, 1996).

Um nível adequado de hidratação em atletas que praticam exercícios físicos só é mantido se estes ingerirem quantidades suficientes de líquidos antes, durante e depois dos exercícios (Maughan, 1991). A ingestão hídrica deve ser iniciada antes da prática esportiva, para que se comece o exercício bem hidratado. O American College of Sports Medicine (2000) recomenda que se tome de 400 a 600 ml, duas a três horas antes do exercício se iniciar. Durante o exercício é indicado que se tome de 150 a 350 ml de líquidos, a intervalos de 15 a 20 minutos. Após o término do exercício é recomendável a ingestão de líquidos repositores, para que as perdas de alguns minerais sejam reparadas e que sejam fontes de carboidrato, para que se reponha o glicogênio muscular gasto durante o treino (Malina, 1991).

Com o intuito de verificar os hábitos de hidratação de uma população de atletas adolescentes, fez-se um levantamento dos hábitos e do nível de conhecimento sobre hidratação entre esportistas adolescentes judocas de um clube e de uma academia da cidade de São Paulo. Este conhecimento permitirá aos atletas e treinadores planejar melhor seus treinamentos e corrigir algumas de suas condutas, objetivando a melhora do desempenho em treinamentos e competições.

3. Metodologia

A coleta de dados foi realizada em equipe de judô do Esporte Clube Pinheiros e da Academia Shoorikan, durante um dia de treinamento, no mês de outubro de 2002. Foram avaliados no total 36 esportistas adolescentes, sendo 32 meninos e 4 meninas, que apresentavam média de idade de 13,89 ± 2,45 anos.

Empregou-se uma metodologia exploratória, através de pesquisa do tipo descritiva com delineamento transversal, utilizando um questionário padronizado com dez perguntas objetivas, auto-administrado e foram tomadas medidas antropométricas, como massa corporal e estatura:

·Massa corporal: a massa corporal foi aferida em quilogramas através de balança portátil, modelo TANITA TBF-305, com capacidade para 150 kg e resolução de 100 g, colocada em superfície plana, zerada a cada pesagem. Os adolescentes foram pesados de pé sobre a plataforma, descalços, sem meias, com o mínimo de vestimenta possível e em posição firme com os braços ao longo do corpo. Na tomada da massa foi considerada uma casa decimal;· Estatura: a estatura foi determinada por meio de antropômetro extensível da marca SECA, através de fita métrica inelástica, afixada na parede a 90 graus em relação ao solo, com escala de 0 a 200 cm e resolução de 0,1 cm. O adolescente foi instruído a ficar de costas para o instrumento, em pé, descalço, pés juntos e paralelos, braços ao longo do corpo, sem boné, cabelo solto, ereto, com olhos e orelhas alinhadas horizontalmente, inspirando no momento da coleta da medida. Caso a leitura caísse entre dois valores foi considerado o menor quando fosse abaixo de 0,5 cm e o maior quando fosse acima de 0,5 cm (WHO, 1995).

A classificação do estado nutricional foi realizada através do Índice de Massa Corporal (IMC = peso (kg) / estatura² (m)). O IMC dos adolescentes foi avaliado por meio da classificação proposta pela OMS (1995), utilizando-se os parâmetros estabelecidos por Must et al. (1991). Foram considerados como de baixo peso os adolescentes cujos valores fossem inferiores ou iguais ao percentil 5; eutróficos quando o IMC estivesse entre os percentis 5 e 85; sobrepeso se estivesse igual ou maior que o percentil 85 e inferior ao 95; e obeso superior ou igual ao percentil 95. Salienta-se que o IMC foi utilizado apenas para fins de classificação.

Em relação à hidratação, considerou-se adequada à ingestão de líquido antes, durante e após os treinos e/ou competições.
Gráfico 1 - Perfil nutricional de adolescentes praticantes de judô, São Paulo, 2002.


Gráfico 2 - Porcentagem de adolescentes praticantes de judô que acreditavam hidratar-se adequadamente, São Paulo, 2002.

4. Resultados e discussão

Do total de 36 esportistas estudados se verificou que a maioria (64%) encontrava-se eutrófico. Isso demonstrou que os mesmos se preocupavam em ter uma nutrição condizente com o seu respectivo nível de atividade física, mantendo também um nível adequado de peso. Entretanto, cerca de 22% estavam com sobrepeso e 14% com obesidade. É importante salientar que, por se tratar de esportistas, é provável que o excesso de peso seja reflexo da massa magra (Gráfico 1). Cabe ressaltar, também, que a determinação do estado nutricional de adolescentes, especialmente atletas, ainda é um assunto obscuro e que necessita de um grande número de dados individuais (Ribeiro, 1998).

Do total dos esportistas estudados, 97% afirmaram acreditar que se hidratavam adequadamente, conforme demonstra o Gráfico 2. Apesar deste resultado, apenas 33,3% apresentavam hábitos de hidratação antes, durante e depois do treino (Tabela 1). Isso demonstra que o número de esportistas que apresentavam hábitos inadequados de hidratação era grande, mostrando a falta de consciência sobre a importância da hidratação correta para um bom desempenho físico. Entre os que se hidratavam antes, durante e após, a maioria (44%) costumava hidratar-se somente com água. Recomenda-se durante o exercício com duração acima de uma hora, o uso de bebidas esportivas, pois pode aumentar a palatabilidade e a ingestão, aumentando a quantidade de fluido consumido. Portanto, a ingestão de água é mais apropriada para eventos esportivos com duração inferior a uma hora (Nutrition and Athetic Performance, 2000).
Cerca de 67% dos esportistas afirmaram preocupar-se com a combinação de nutrientes de sua hidratação, demonstrado no Gráfico 3. Entretanto, a utilização de refrigerante foi maior do que a de bebidas esportivas como meio de se hidratar e repor a energia perdida. Este tipo de comportamento é prejudicial à performance, uma vez que os refrigerantes são desidratantes (Mahmoud et al., 1997), fazendo com que se perca água e eletrólitos, em comparação com algumas bebidas esportivas, que possuem carboidratos e eletrólitos nas quantidades adequadas, favorecendo a hidratação e reposição de energia. Verificou-se, ainda, a presença de outras bebidas utilizadas com a finalidade de hidratação como sucos e iogurtes. Estas bebidas não são aconselhadas durante o exercício, devido à sua alta concentração de carboidratos, dificultando o esvaziamento gástrico e a absorção dos mesmos (Mahmoud, 1997). Assim também, bebidas com frutose retardam o esvaziamento do estômago e, se seus níveis forem altos, podem provocar, em alguns esportistas, cólicas, diarréia e náuseas (Ruud & Grandjean, 1997).

Quando questionados sobre a função das bebidas esportivas, 46% dos esportistas sabiam a importância do uso delas, entretanto, apenas 8,3% possuíam o hábito de hidratar-se com bebidas esportivas antes e após o treinamento ou competição e 5,5% durante os mesmos.

Observou-se que 78% dos esportistas costumavam hidratar-se somente depois de sentir sede, conforme o Gráfico 4. Este é um comportamento negativo, pois a sensação de sede é uma resposta a um quadro de desidratação de no mínimo 2% (Marquezi & Lancha Júnior, 1998). Uma desidratação de 2% a 4% do peso corporal pode afetar a performance do atleta com sintomas graves e progressivos (Probart, 1993).

Apenas 25% possuem o hábito de pesar-se antes e após o treinamento ou competição. Isto demonstra que os esportistas não possuem o hábito de controlar a perda de líquidos durante a atividade, desconhecendo a quantidade de líquidos necessária para a reposição através da hidratação, como, também, desconhecendo que este é um procedimento que pode ser utilizado para controlar o nível de hidratação (Probart, 1993). Consumir líquido correspondente a 150% do peso perdido, durante a sessão de exercício pode ser necessário para corrigir as perdas e alcançar o estado normal de hidratação (Leiper et al., 1996).


Gráfico 3 - Porcentagem de adolescentes praticantes de judô que relataram preocupar-se com o tipo de hidratação, São Paulo, 2002.
Gráfico 4 - Porcentagem de adolescentes praticantes de judô que costumavam hidratar-se antes ou depois do estímulo da sede, São Paulo, 2002.

Vale ressaltar que apenas 8% dos esportistas responderam que não fazia diferença consumir uma quantidade adequada de líquidos antes, durante e depois de treinamento ou competição para um melhor desempenho e, no entanto, verificou-se que os adolescentes referiram sintomas que podem interferir com o desempenho na competição ou treinamento, estando diretamente relacionados à perda de líquidos, ou seja, uma hidratação inadequada (Tabela 2). Sabe-se que, se houver uma perda de 15% a 20% do peso corporal, podem ocorrer choque hipovolêmico, insuficiência renal e até mesmo a morte (Rochelle, 1998).

A sensação de sede muito intensa (61,1%) pode ser resultado da desidratação (Marquezi & Lancha Júnior, 1998). A sensação de perda de força apresentada por 47,2% pode estar relacionada à redução da glicemia sangüínea (McArdle, 1992). O fato de 30,5% apresentarem cãibras demonstra que, provavelmente, houve uma sudorese profunda, sem a reposição adequada de líquidos (Aragón-Vargas et al., 2001). A razão de 27,7% apresentarem sonolência e 19,4% dificuldade de realizar um movimento técnico são sintomas compatíveis com uma condição hipoglicêmica e de hipoidratação, interferindo no funcionamento do sistema nervoso central.

Metade dos adolescentes praticantes de judô afirmaram que já necessitavam perder peso antes da competição. Para isso, 48% aumentaram a atividade física, 36% fizeram dieta, 8% diminuíram a ingestão de líquidos e 8% utilizaram roupas especiais. Sabe-se que na prática de alguns esportes, como lutas (judô, boxe), os atletas normalmente induzem uma desidratação aguda, perdendo cerca de 5% ou mais de seu peso corporal, com o intuito de competirem em categorias inferiores (Lamb & Shehata, 1991; Leiper et al., 1997). Métodos inadequados, como utilizar roupas plásticas durante a atividade física, realizar semidieta de fome, aumentar a duração e intensidade da atividade física e outros, são fatores que podem predispor o indivíduo ao estado de desidratação (Applegate, 1996).

Cerca de 61% dos esportistas responderam que não receberam nenhum tipo de orientação sobre hidratação. Dos adolescentes que tiveram algum tipo de orientação, 16,6% foram orientados pelos pais, 11,1% pelo professor de educação física da escola, 11,1% por nutricionista e 8,3% pelo médico. Estes são os meios a que os adolescentes recorriam mais para obter informações sobre a maneira correta de hidratação. Porém, o comportamento dos adolescentes demonstrou que eles não colocaram em prática as informações que receberam ou os profissionais responsáveis pelo treinamento dos atletas não estão atuando de maneira a orientá-los quanto a uma hidratação adequada.

5. Conclusão

Os judocas possuem consciência sobre a importância da hidratação para o rendimento e acreditam que se hidratam corretamente. Entretanto, não realizam uma estratégia de hidratação adequada.

A água é a principal fonte de hidratação da maioria dos esportistas. As bebidas esportivas são pouco utilizadas, contradizendo o fato dos atletas afirmarem preocupar-se com a combinação de nutrientes de sua hidratação.

Apesar da maioria dos esportistas acharem que a quantidade de líquidos ingerida antes, durante e depois de treinamento ou competição é importante, pois melhora o desempenho e diminui o cansaço, apenas uma minoria possui o hábito de se pesar antes e depois de um treinamento ou competição, a fim de repor líquidos na quantidade adequada e controlar o nível de hidratação.

Os sintomas mais freqüentemente apresentados pelos esportistas durante o treino ou competição foram: sede muito intensa, sensação de perda de força, cãibras e outros. Dentre os sintomas apresentados, acredita-se que muitos poderiam ser minimizados com a ingestão adequada de bebidas esportivas antes, durante e após os treinamentos e competições.

Metade dos esportistas já tiveram que perder peso antes da competição. Deve-se ressaltar que este tipo de esporte é dividido por categorias ascendentes, conforme o peso do atleta. Portanto, muitos acabam tendo que perder peso, utilizando-se de métodos inadequados, para se enquadrarem numa categoria de peso inferior, o que pode comprometer sua performance e induzir a uma desidratação aguda.

Pode-se, então, concluir que são necessárias campanhas de esclarecimento sobre hidratação com os judocas, a fim de melhorar a qualidade dos treinamentos e o desempenho nas competições.

É importante ressaltar a necessidade de se tomarem medidas antropométricas complementares, uma vez que a população adolescente, usualmente, passa por significativas alterações corporais durante seu processo de maturação sexual, além do que, por serem esportistas, é possível que o excesso de peso seja reflexo do aumento da massa magra.

6. Bibliografia

1. "Judô". http://www.judoinfo.com.br. Site consultado em 10/10/2002.

2. Probart CK, Bird PJ, Parker KA. - Diet and athletic performance. Medical Clinics of North America 1993; 77 (4): 757-771.

3. Greenleaf JE. - Problem: thirst, drinking behavior, and involuntary dehydration. Medicine and Science in Sports and Exercise 1992; 24 (6): 645-56.

4. Sawka MN, Greenleaf JE. - Current concepts concerning thirst, dehydration, and fluid replacement: overview. Medicine and Science in Sports and Exercise 1992; 24 (6): 643-4.

5. Maughan RJ, Noakes TD. - Fluid replacement and exercise stress: a brief review of studies on fluid replacement and some guidelines for the athlete. Sports Medicine 1991; 12 (1): 16-31.

6. Maughan RJ. - Fluid and electrolyte loss and replacement in exercise. Journal of Sports Science 1991; 9:117-142.

7. Saltin B, Costill DL. - Fluid and electrolyte balance during prolonged exercise. In: Horton ES, Terjung RL. eds. Exercise, nutrition and metabolism. New York, MacMilliam 1988; 150-8.

8. Casa DJ et al. - National Athletic Trainers Association Position statement: fluid replacement for athletes. J. Athletic Traininig 2000; 35: 212-224.

9. Aragón-Vargas LF, Maughan RJ, Rivera-Brown A et al. - Atividade Física no Calor: Regulação Térmica e Hidratação. Documento Suplementar de Apoio ao Consenso, Cidade do México, fevereiro 1999. Brasil: Gatorade Sports Science Institute 2001.

10. Perron M, Enders J. - Knowledge, attitudes, and dietary practices of female athletes. Journal of the American Dietetic Association 1985; 85(5).

11. ADA Reports. Timely Statement of the American Dietetic Association: nutritional guidance for child athletes in organized sports. Journal of the American Dietetic Association 1996; 96 (6): 610-611.

12. American College of Sports Medicine; American Dietetic Association; Dietitians of Canada. Joint position Statement. Nutrition and athletic performance. Medicine & Science in Sports & Exercise 2000; 32 (12): 2130-2145.

13. Malina RM, Bouchard C. - Growth, maturation and physical activity. Energy and Nutritional Requirements, Cap. 21, p.353-370. Human Kinetics, Ilinois 1991.

14. WHO (World Health Organization). Physical status: The use and interpretation of Anthropometry. Report of a WHO Expert Commitee. WHO Technical Report Series 854. Geneve: World Health Organization; 1995.

15. Must A, Dallal GE, Dietz WH. - Reference data for obesity; 85th and 95th percentiles of body mass index( wt/ht2): a correction. Am. J. Clin. Nutr. 1991; 54:713.

16. Ribeiro SML. - Avaliação antropométrica de um grupo de atletas adolescentes: Discussão sobre a busca de um protocolo adequado. O Mundo da Saúde. São Paulo, 1998; 22 (jul/ago).

17. Nutrition and Athletic Performance. Official Journal of the American College of Sports Medicine 2000; 2138-2145.

18. Mahmoud S, El-Fayed et al. - Exogenuos carboydrate utilization : Effects on metabolism and exercise performance. Comp.Biochemistry Pysiology 1997; 118a (3): 789-803.

19. Ruud JS, Grandjean AC. - Fluídos e Eletrólitos. I: Mellion MB. Segredos em Medicina Esportiva: respostas necessárias ao dia a dia em centros de treinamento, na clínica, em exames orais e escritos. VI nutrição e Esporte. Porto Alegre: Artes Médicas 1997; Cap.27: 144-147.

20. Marquezi ML, Lancha Júnior AH. - Estratégias de Reposição Hídrica: Revisão e Recomendações Aplicadas. Rev. Paul. Educ. Fís. 1998; São Paulo, 12 (2): 219-27.

21. Leiper JB et al. - Post-exercise Rehydration in Man: Effects of Volume Consumed and Sodium Content of Ingested Fluids. Med. Sci. Sports Exerc. 1996; 28: 1260-1271.

22. Rochelle MC. - Nutrição, Esporte e Saúde. O Mundo da Saúde 1998; 22(1): 225-233.

23. McArdle WD et al. - Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A. 1992.

24. Lamb DR, Shehata AH. - Benefícios e Limitações da Pré-hidratação. Sports Science Exchange 1999, nº24 (out/nov/dez).

25. Leiper JB, Maughan RJ, Shirrefls SM. - Reidratação e Recuperação Após o Exercício. Sports Science Exchange 1997, nº12 (jul/ago).

26. Applegate LA. - Mania das Dietas e Utilização de Suplementos na Prática Esportiva. Sports Science Exchange 1996; nº4.

por Eliana Cristina de Almeida1, Maria Cláudia Cavalieri2, Márcia Daskal Hirschbruch3, Isa de Pádua Cintra4, Mauro Fisberg5 - fisberg[arroba]uol.com.br

1Nutricionista especialista pelo Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente. Pós-graduanda pelo Departamento de Pediatria - Unifesp/EPM

2Nutricionista especialista pelo Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente - Unifesp/EPM

3Nutricionista responsável pelo ambulatório de Nutrição Esportiva do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente. Mestre pelo Departamento de Pediatria - Unifesp/EPM

4Nutricionista. Professora adjunta do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente - Unifesp/EPM

5Pediatra. Chefe do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente - Unifesp/EPM. Coordenador do Centro de Pesquisas Aplicadas à Saúde da Universidade São Marcos. Diretor da Nutrociência Assessoria em Nutrologia

Endereço para correspondência: Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente/EPM/Unifesp - Rua Botucatu, 715. Vila Clementino - CEP 04023-062 - São Paulo - SP

Obs:. Esta é uma monografia de conclusão de curso onde explica muito bem sobre a hidratação correta que o atleta, seja ele competidor ou somente um praticante de judô tem que tem.

Fonte: brmonografias - Enviado por Mauro Fisberg

Comentários:

Postar um comentário

 
Melhor Site de Estudo Bíblico