0

O Hansoku-Make é atribuído quando se comete uma infração muito grave.

domingo, 3 de junho de 2012.
Devido as alterações de regras da FIJ, nos dias atuais só é aplicado o "shido", sendo o primeiro "shido" aplicado como uma "advertência" dada ao atleta devido por algum motivo como falta de combatividade, por exemplo, sem contar pontos ao adversário devido à extinção do "koka", no momento em que o segundo "shido" (equivalente ao Chui) é aplicado, o outro atleta recebe um yuko, no terceiro, um waza-ari e o quarto shido, após uma reunião dos três árbitros do combate, é aplicado ou não o hansoku-make. 

Fonte: Judo Nacional
Leia Mais...
0

Uso de água fria após os exercícios.

Fadiga e dor muscular são sintomas comuns após a prática de atividades desportivas. A imersão em água fria, ou seja, em temperaturas inferiores a 15°C (crioterapia), é freqüentemente utilizada com o objetivo de aliviar estes sintomas, e reduzir o tempo de recuperação.Uma revisão que incluiu 17 estudos com 366 participantes teve como objetivo principal avaliar esta questão. 

Os autores da revisão concluíram que as evidências científicas atuais indicam que a imersão em água fria reduz a dor muscular após exercícios físicos. Quatorze estudos compararam a imersão em água fria após o exercício físico com o tratamento "passivo", ou seja, envolvendo apenas o repouso muscular. 

A temperatura, duração e frequência da imersão em água fria variaram entre os diferentes estudos. Houve alguma evidência de que imersão em água fria reduz a dor muscular em 24, 48, 72 e até 96 horas após o exercício físico, quando comparada ao tratamento "passivo". 

Em quatro estudos, os seus participantes consideraram que a imersão em água fria melhorou rapidamente a recuperação muscular. Os autores da revisão concluíram que as evidências científicas demonstram que a imersão em água fria reduz a dor muscular após exercícios físicos.O melhor método de imersão em água fria, bem como a sua segurança, não estão ainda bem definidos. 

Fonte: Judo Nacional
Leia Mais...
0

8 Ways to Recognize Unsafe and Dangerous Exercises

sexta-feira, 22 de abril de 2011.
Para ler no idioma Português basta clicar aqui, em outros idiomas é só traduzir em nosso tradutor ao lado direito.

During the 1980s, the fitness industry established exercise safety guidelines in response to the increased number of injuries people were developing as a result of some group exercise classes. These guidelines included a fairly long list of unsafe or "contraindicated" exercises that instructors were told to avoid during classes. Some of those, such as full sit-ups, deadlifts and full squats, still have a bad reputation because of those guidelines. While there were reasons for such caution, today's fitness professionals are becoming much more sophisticated about exercise recommendations and safety issues.

Today we assess the safety of any exercise in terms of risk. There isn't the same long list of "bad" exercises; only exercises with a higher degree of risk of injury to an individual. It's also important to remember that what is safe for one athlete may cause an injury in another. In general high risk exercises require more fitness and skill to be done safely. Plyometrics, for example, are great for building explosive power, but only in a highly trained and fit athlete using perfect form. When performed by a beginner with limited skill or fitness, plyometrics may result in injury.

Tips for Recognizing Unsafe Exercises

It's best to learn about exercise safety from a pro, but you should also use common sense and avoid exercises that aren't right for your fitness level. Listen to your body and when in doubt, back off. You can always increase your intensity during your next workout.

Top 8 Unsafe or Dangerous Exercise Habits

1. Working Through Pain

Pain is your body's way of telling you something is wrong. Ignoring this message and pushing on is the fastest way to get a serious or chronic injury. Although it seems obvious to stop if you feel pain, many athletes exercise with pain. Don't. If you feel pain, stop what you are doing and rest.
Warning Signs of Serious Injuries
Immediate Treatment for Injuries

2. Forgoing Rest Days

Any exercise routine that lacks rest days is potentially unsafe. A large number of sports injuries are the result of overuse. These injuries occur from simply doing too much exercise. To avoid overuse injuries, balance rest days with exercise to allow the body to recover from the stress of training.
Rest and Recovery
Chronic Overuse Injuries
Overtraining Syndrome

3. Doing Only One Type of Exercise

Doing the same exercise day after day may help you become very skilled at a sport, but it is another way to end up with an overuse injury. Stressing the same muscle groups and performing the same movement patterns repeatedly can put a tremendous amount of strain on muscles, tendons and ligaments, causing irritation, inflammation and even stress fractures. Even if you successfully avoid an overuse injury, you may end up with muscle imbalance, weakness, tightness and alignment problems. To avoid these problems, vary your exercise training routine. Do a variety of different types of exercise and cross train.

4. Performing Uncontrolled or Sloppy Movements

Sloppy or uncontrolled movements occur for a variety of reasons, including fatigue, lack of appropriate skill, going too fast, and a lack of attention. When you are exercising, it's essential to be in control of your body. Sloppy execution or poor control is a set-up for injury. Even the safest exercise can become unsafe when done in an uncontrolled manner.

5. Forcing Unnatural Joint Movement

Any unnatural joint movements put you at high risk for an injury. Unnatural movements are typically caused by using a machine that isn't designed for your specific body shape or size and forces your joints to move in a way that doesn't follow your normal range of motion. One exercise that forces an unnatural joint movement is the behind the neck lat pulldown. This exercise works against the structural design of the shoulder joint. It puts unnecessary stress on the rotator cuff muscles and forces the shoulders to rotate externally, a position vulnerable to dislocation. Additionally, you are forced to drop the head forward to the chest during the movement, which causes additional neck strain. Instead of this unnatural and dangerous exercise, consider lat pulldowns to the front, which work with the body's natural range of motion.

6. Doing Too Much Too Soon

Gradually increasing both the time and intensity of exercise is the ideal way to allow the body to adapt, grow stronger and become more fit. However, pushing your body beyond its ability to adapt will result in illness or injury. Many beginners find this out the hard way. They go out too hard, too fast and too furious and end up sore, injured and hating exercise. Even elite athletes can fall into this trap by thinking that if they are extremely fit in one sport, they can do anything. Not so. No matter what level of ability they have in another sport, athletes can get injured if they attempt to perform an exercise that is beyond their fitness level for that particular exercise. Remember to be realistic when assessing your ability and skill level.
The Principles of Conditioning - Adaptation
The 10% Rule

7. Using Poor Form or Technique

When you are new to exercise or learning a new routine, it's important to learn how to do the movements properly. Most people should get some professional coaching at the beginning of a new sport to learn the fundamentals and develop good habits. If meeting with a professional coach, trainer or instructor is not possible, at least take a look at some books or videos about sports technique and exercise form. Keep in mind that we are all unique and some movements may be better-suited to your abilities or biomechanics. An instructor can help you modify exercises to fit your unique needs.
The Stationary Bicycle
The Treadmill
The Elliptical Machine

8. Lifting Too Much

Any weight training exercise that is done with weights that are too heavy for you is risky. It's that simple. If you can't maintain proper form while lifting, the weights are too heavy for you.
Basic Strength Training Principles
Safe Lifting Technique

Source

ACSM's Guidelines for Exercise Testing and Prescription, 7th Edition 2005.

2008 American Council on Exercise, Exercise Safety Guidelines
Leia Mais...
1

Olha que interessante que encotrei. Prática de judô ajuda a aumentar a inteligência dos atletas.

quarta-feira, 23 de março de 2011.
A matéria abaixo, de setembro de 2008, foi retirada do site do Globo Reporter e seu vídeo pode ser assistido aqui mesmo neste site.

O treino é pesado. Medalha de bronze nas Olimpíadas de Atenas, o judoca Leandro Guilheiro agora se prepara para as Olimpíadas de Pequim. O judô, para ele, é uma filosofia de vida. “Mentalmente você melhora o foco, a atenção, você começa a se planejar melhor, a ter objetivos, metas”, conta ele.

Agora, uma pesquisa revelou: os judocas não ganham só massa muscular com o esporte; ganham, também, mais massa cinzenta. “Falar que aumenta a massa cinzenta é novidade, é curioso para mim”, diz Leandro.

O judô exige muito de ossos e músculos. Mas também daquele que coordena, com habilidade, todos os movimentos: o cérebro. A pesquisa mostrou que os judocas tem mais massa cinzenta em áreas importantes. Que controlam a concentração, a localização no espaço e também a memória.

Wantuir Jacini, o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que fez a pesquisa tem uma explicação para o resultado: É uma resposta do cérebro à infinidade de estímulos que os judocas tem no tatame. Equilíbrio, força, atenção nos movimentos do adversário. “Isso tudo, esta grande variação, este grande leque de possibilidades é que faz com que ocorra uma melhor aprendizagem motora”, explica ele.

Convidamos leandro para um teste de memória com a psicóloga Silvia Bolognani, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É um teste de memorazição usado no mundo todo. Silvia convida Leandro a repetir histórias e sequências de palavras.

E Leandro começa a mostrar que tem, mesmo, excelente memória. O teste dura meia hora e ao final: “O que a gente vê aqui é que não só você aprendeu consistentemente a lista, você conseguiu rete-la depois da interferencia, e depois da passagem do tempo. Isso aqui pode considerar um excelente resultado. Parabéns”, comenta Silvia Bolognani.

Leandro, que faz judô desde os cinco anos, descobriu, no esporte, um aliado pra toda a vida. “Todo mundo tem os seus demônios, as suas dificuldades e eu acho que quem consegue lidar melhor com as coisas do dia-a-dia, enfim, consigo mesmo, eu acho que é o cara que se torna o campeão mesmo”, completa ele.




Fonte: Globo Reporter

Divulgação Judô Família Fontes
Ricardo Fontes

O Judô Família Fontes é patrocinado por:
Leia Mais...
0

AS LUTAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011.
Estudo desenvolvido pelos Senseis.
Fabrício Ferreira da Rosa (Presidente Esc. De Judô FFR)
Flavio Ferreira da Rosa (Vice Presid. e Profº de Metodologia do Combate)

RESUMO

A disciplina de Educação Física tem como objetivo principal integrar o aluno a cultura corporal do movimento. Promovendo, dentre vários aspectos a consciência corporal, através de atividades físicas que melhoram a qualidade de vida e que conscientizam sobre sua importância. Para que este objetivo seja alcançado, a Educação Física se utiliza dos conteúdos da cultura corporal, presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Estes conteúdos abrangem os esportes, os jogos, as lutas, as ginásticas e as atividades rítmicas e expressivas. Este estudo procura indicar que dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais o conteúdo das lutas, constitui uma importante alternativa na formação global do indivíduo, no âmbito motor, cognitivo e afetivo social.
Palavras-chaves: Lutas, Parâmetros Curriculares Nacionais, Educação Física.

INTRODUÇÃO

Segundo Monteiro (1998) as lutas constituem uma das primeiras atividades realizadas pelo homem primitivo. Neste período as lutas serviam como meio de sobrevivência, de alimentar-se, de defender e conquistar territórios e de determinar hierarquia entre os membros de um grupo.
Hoje em dia, as lutas constituem formas de esporte institucionalizado com suas filosofias, disciplinas e regras que representam suas origens culturais dos povos orientais, como os japoneses, os coreanos, os chineses e etc.
Além de esportes as lutas constituem conteúdo integrante da cultura corporal, que através de suas práticas, físicas e filosóficas, podem contribuir com o processo de ensino-aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento global da criança, na prática pedagógica da Educação Física.
Neste sentido os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), em sua redação sobre o conteúdo lutas diz que, “a luta é todo contato corporal em uma disputa entre oponentes, obedecendo e respeitando regras com o intuito de subjugar com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado esforço na combinação de ataque e defesa”. Ainda de acordo com os PCN’s (1997) “são exemplos de lutas, desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro até as práticas mais complexas de capoeira, Judô e Caratê”.
Partindo desses pressupostos, as lutas propiciam além do trabalho corporal também a aquisição de valores e princípios essenciais para formação do ser humano em um aspecto mais amplo.
Segundo Zunino e Tonietto (2008) “através das lutas os alunos podem conhecer a si próprios e aos outros, explorarem o mundo das emoções e da imaginação além de criar e descobrir novos movimentos.”
Para Motta e Ruffoni (2007) “a luta valoriza a inteligência e o culto a verdade, o desenvolvimento atitudinal deve ser tão ou mais importante que o objetivo de vencer as lutas.”
De acordo com os aspectos apresentados, o objetivo deste trabalho é mostrar que as lutas, como parte do conteúdo da Educação Física, podem ser uma ferramenta pedagógica de suma importância que contribuirá com o processo de ensino aprendizagem na escola.

DESENVOLVIMENTO

As lutas nas aulas de Educação Física

Segundo os PCN’s (1997) a Educação Física é um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem dos conteúdos favorece a inserção do aluno no dia-a-dia das questões sociais e em um universo cultural maior.
Para Daolio a Educação Física é a “área que estuda e atua sobre a cultura do movimento. Considera o ser humano eminentemente cultural, contínuo e construtor de sua cultura relacionando com aspectos corporais”.
Corroborando com os PCN’s, no capítulo que trata dos conteúdos da cultura corporal, em Coletivo de Autores (1992) a “Educação Física trata pedagogicamente de termos da cultura corporal, ou seja, os jogos, o esporte, as lutas, as danças, a ginástica, as acrobacias, a mímica e outros”.
Fazendo parte da cultura corporal do movimento as lutas representam hoje um meio importante e eficaz de educação e um conjunto de conteúdos altamente valiosos a ser trabalhada nas aulas de Educação Física.
Conforme os PCN’s (1997) a Educação Física deve contemplar algumas habilidades como “participar de atividades corporais; manter uma atitude de respeito e repúdio a violência, praticar atividade de maneira equilibrada”.
Segundo estas habilidades que a Educação Física deve contemplar, as lutas se enquadram perfeitamente, pois devido sua filosofia baseada na disciplina, respeito e sendo uma atividade física completa que trabalha muitos segmentos musculares, e ainda devidos sua natureza de confronto e oposição, a luta favorece a socialização entre os alunos. Fatos que colocam as lutas como um importante conteúdo na formação do cidadão, física, social e culturalmente.
As lutas podem promover o desenvolvimento dos alunos nos três níveis (motor, cognitivo e afetivo social) de forma bem clara e direta.
Para Olivier (2000) no nível motor a “criança desenvolve sua capacidade de agir e adaptar-se, utilizando uma gama variada de deslocamentos, apoios e condutas motoras que serão aperfeiçoados no decorrer das aulas. [...] Os reflexos, a velocidade de execução e de reação são qualidades fundamentais na luta.”
No nível cognitivo Olivier (2000) diz que nas lutas a criança faz sempre uma auto-avaliação que permite estabelecer imediatamente a relação entre a ação, o modo de fazer, e o resultado, constatação que obriga a projetar outros tipos de ação que serão logo confrontados com a realidade.
Segundo Olivier (2000) é no nível afetivo social que a criança aprenderá a respeitar o seu corpo e o do colega, pois ela deverá tocar e ser tocada. Desta forma a criança entenderá seu colega como um adversário-parceiro.
Ainda neste nível a criança se socializa através do cumprimento e respeito às regras, que de acordo Olivier serve para organizar as atividades delimitando espaço e tempo; permite a criança satisfazer sua necessidade de ação, oferecendo a oportunidade de ganhar ou não a disputa. Para esse autor as regras ainda obrigam a criança ter o controle sobre si, suas ações e emoções, sancionando a agressão.
Tendo em vista o conceito de lutas proposto pelos PCN’s e suas formas de disputas, para Santos e Souza Júnior (2010), as lutas ou jogos de oposição podem ser classificados assim:

1. Jogos que aproximam os combatentes: procedentes de esportes de combate que mantém contato direto (corpo a corpo), os quais consistem em tirar, empurrar, desequilibrar, projetar e imobilizar. Entre estes jogos pode-se citar o Judô, o Jiu-Jitsu, a Luta Olímpica, etc;
2. Jogos que mantêm o adversário à distância: estes jogos têm como característica não manter contato direto com seu adversário, este contato só de dá no momento da aplicação de uma técnica. Os exemplos são Tae Kwon Do e o Karatê.

O conteúdo de lutas pode ser trabalhado nos níveis fundamentais e médio da educação básica. Sendo que para cada nível o objetivo e o desenvolvimento das atividades devem ser adequados ao público ofertado.
Por ser parte das aulas de Educação Física as atividades propostas, principalmente no ensino fundamental devem ter um caráter lúdico, pois segundo Piaget apud Marinho et al (2007), “a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa”.
O conteúdo de lutas no ensino fundamental de 1ª série a 4ª série, segundo Zunino e Tonietto (2008) tem por objetivo “enriquecer, diversificar, aperfeiçoar, combinar e conectar ações motoras fundamentais à construção de um repertório motor; [...] aprendendo a lidar com a contradição entre o risco e a segurança, atacar e defender-se, assegurar a sua segurança e a do outro, através do contato corporal; [...] e desenvolver o potencial e traços da personalidade, como autoconfiança, e o controle de medos, nervosismo, ansiedade, entre outros.”
É neste período que a criança através das lutas pode explorar o mundo das ações e das emoções, enriquecer seu vocabulário motor e conhecer a si mesmo e ao outro.
Já no ensino fundamental de 5ª a 8ª série, os alunos podem ter contato com formas mais sistematizadas das lutas, ou seja, como elas se encontram na sociedade.
Para isto Zunino e Tonietto (2008) sugerem aulas teóricas, para que haja uma contextualização das lutas como manifestações corporais e culturais. Para as aulas práticas além dos elementos próprios das lutas, fazer uma relação entre o corpo e a mente, mostrando assim que os movimentos são plenos de sentidos e significados.
Para o ensino médio o conteúdo de luta pode ser trabalhado de forma mais ampla, pois além de desenvolverem aspectos motores, técnicos e táticos, possibilita a discussão sobre temas do contexto social como a violência, os valores, entre outros.
Zunino e Tonietto (2008) propõem para o ensino médio atividades que entrelacem prática e teoria com o objetivo de conhecer, vivenciar e incorporar as atividades, sendo que na teoria os debates podem ser aspectos importantes para os objetivos.
Nas aulas práticas, além dos movimentos técnicos das lutas, os referidos autores sugerem exercícios de meditação, concentração e conhecimento sobre o corpo. Já nas aulas teóricas é sugerido além dos debates, pesquisas, levantamento histórico entre outros aspectos, sobre a cultura dos países do qual a luta faz parte.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Procurou-se por meio deste trabalho ressaltar a relevância do conteúdo lutas, dos PCN’s, como uma alternativa na formação do cidadão, tendo em vista os inúmeros benefícios que as lutas proporcionam aos alunos.
Buscou-se apresentar a contribuição das lutas, no contexto escolar, nas aulas de Educação Física, conteúdo que contempla não somente a formação de pessoas saudáveis, mas também do ser humano, tendo em vista que as lutas têm importante papel como meio de difundir valores, que contribuem para transformar os alunos e por conseqüência a sociedade em um ambiente ético, com valores sólidos, que desta forma oferece mais oportunidades e justiça social a todos.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física, 1997.

COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

MARINHO, Hermínio Lugeste et AL. Pedagogia do movimento: universo lúdico e psicomotricidade. Curitiba: Ibpex, 2007.

MOTTA, Alexandre; RUFFONI, Ricardo. Lutas na infância: uma reflexão pedagógica. Disponível em HTTP://www.equiperuffoni.com.br. Acesso em 26/06/2010.

MONTEIRO, Luciana Botelho. O treinador de Judô no Brasil. Rio de Janeiro: Sprinti, 1998.

OLIVIER, Jean-Claude. Das brigas aos jogos com regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre: Artes médicas. Sul, 2000.

SANTOS, Sérgio Luiz Carlos; SOUZA JUNIOR, Tácito Pessoa de. Jogos de Oposição, nova metodologia dos esportes de combate. Disponível em HTTP://www.efdeesportes.com. Com acesso em 26/06/2010.

ZUNONI, Ana Paula; TONIETTO, Marcos Rafael. Ensino fundamental: Educação Física. Curitiba: Positivo, 2008.

_____. Educação Física: ensino médio. Curitiba: Positivo, 2008.

Divulgação Judô Família Fontes
O Judô Família Fontes é patrocinado por:
Leia Mais...
0

Nutrição para crianças que praticam esportes

domingo, 27 de fevereiro de 2011.
Esporte culmina com uma exigência nutricional diferenciada, a qual deve ser atendida para evitar problemas na saúde e no crescimento da criança.

Atualmente, são amplamente difundidos os benefícios da prática de exercícios físicos na infância, o que atua positivamente no crescimento, desenvolvimento, no aprimoramento da coordenação motora e do convívio social. No entanto, tal prática normalmente culmina com uma exigência nutricional diferenciada, a qual deve ser atendida para evitar problemas na saúde e no crescimento da criança. Além disso, uma alimentação adequada é fundamental para um ótimo desempenho esportivo.

O treinamento esportivo aumenta as necessidades energéticas e, desta forma, o aporte de carboidratos deve ser priorizado. Isso pode acontecer por meio da ingestão der pães, cereais, arroz, massas, frutas e tubérculos, como batata e mandioquinha.

Nutrição Esportiva Proteínas

As proteínas, presentes nas carnes em geral, leite e derivados e frios são fundamentais para o crescimento e recuperação muscular. Por isso, a dieta deve conter fontes desses alimentos em todas as refeições (café da manhã, almoço, lanches intermediários e jantar).

A baixa ingestão de cálcio, presente no leite, nos queijos e no iogurte, resulta em uma menor retenção deste na massa óssea em crianças, podendo aumentar o risco de fraturas. Por isso deve atentar a ingestão desses alimentos, devendo ser ingerido de 3 a 5 pequenas porções por dia.

O ferro é indispensável para a prática de atividade física, pois além de exercer as funções de transporte de oxigênio no sangue e no músculo, desempenha importante papel no crescimento. São fontes de ferro: carnes (especialmente a bovina), e em menor proporção o feijão e vegetais verdes escuros como o brócolis.

Nutrição Esportiva Lanches

Antes do treino: é importante entrar com os estoques de energia cheios. Para isso, fazer um lanchinho pré-exercício. Sugestões: banana com aveia, pão com geléia, suco de frutas

Durante o treino: Se o treino for inferior a uma hora, beber apenas água. As crianças podem evitar a desidratação durante o exercício ao ingerir líquidos a cada 15-20 minutos. Para a prática esportiva superior a 60 minutos, como ocorre nas escolinhas de esporte ou partidas de futebol, levar biscoitos para comer no intervalo ou isotônico para beber durante os treinos.

Após o treino: fazer um lanche variado para o músculo se recuperar da melhor forma possível. Boas opções: pão com queijo + suco de fruta OU cereal com leite + banana OU macarrão com frango e salada

Nutrição Esportiva na hora da Competição

Para crianças que participam de competições é importante que seus estoques energéticos estejam adequados. Sugere-se que nos três dias anteriores à competição haja maior ingestão de alimentos ricos em carboidratos. No dia da competição a criança deve ser orientada a ingerir refeições ricas em carboidratos e com baixo teor de gordura, sem frituras ou molhos gordurosos. Os alimentos devem ser de fácil digestão e a última refeição deve acontecer de 2 a 4 horas antes do evento. Até 2 horas antes da competição, um lanche leve com carboidrato pode ser incluído (por exemplo: 1 sanduíche com pouco queijo e geléia ou banana com aveia).

Comportamentos suspeitos

É importante salientar que, cada vez mais, crianças e jovens em geral tendem a adotar comportamentos alimentares que podem levar a deficiências energéticas e transtornos alimentares, como a anorexia e bulimia. Estas condições, quase sempre, acontecem com praticantes de atividades físicas, que vêem o exercício como um auxiliador no emagrecimento e o praticam de forma exagerada e errônea. Por isso, toda a atenção deve ser dada pelos pais em qualquer sinal exagerado de restrição alimentar e/ou desejo de praticar exercícios físicos. Nesse caso, deve-se procurar um acompanhamento médico especializado o mais rápido possível.

Outro ponto importante que deve ser considerado é a hidratação, sabese que com a atividade física há maior perda de água e eletrólitos, por isso, é importante orientar os pais e treinadores que devem estimular sempre o consumo de líquidos, antes, durante e depois do treino, mesmo sem que os atletas sintam sede. Durante a prática esportiva, as bebidas que contém carboidratos e eletrólitos podem ser mais efetivas que a água na reposição hidroeletrolítica. Pode ser uma boa estratégia de acompanhamento nutricional a avaliação do consumo alimentar por meio do recordatório de 24h, ou o diário alimentar de 3 dias, dessa forma, consegue-se avaliar o comportamento e/ou padrão alimentar e posteriormente se as metas propostas estão sendo a ingidas. O profissional que acompanhar esse tipo de público deverá ser flexível, respeitando o fato de serem, além de atletas, crianças e adolescentes, com desejos e anseios próprios da idade.

Fonte: Informação Nutricional

Divulgação Judô Família Fontes.

O Judô Família Fontes é patrocinado por:
Leia Mais...
1

Treinamento de força no Judo

sábado, 8 de janeiro de 2011.
Nas competições atuais, o alto nível do judô é resultado do desenvolvimento das habilidades técnicas, táticas e psicológicas apoiadas pelas capacidades motoras condicionadas – resistência cardiovascular-respiratória, força muscular e flexibilidade, principalmente o rendimento inadequado dessas capacidades pode interferir na organização dos movimentos que dependem de habilidade e capacidade de coordenação.

Respeitando o que é determinado pela maioria das atividades atléticas, para executar um movimento esportivo efetivo deve haver precisão e velocidade, sugerindo uma ação dependente da intensidade, do tempo e duração de aplicação da força muscular, a ponto de ser considerada uma capacidade motora determinante para a excelência do desempenho esportivo.

Pulkinen, considera a força como o principal componente do sucesso na execução técnica de um dado movimento, entre as demandas físicas requeridas durante o combate do judô.

A força demonstra a sua importância, durante o combate, nos momentos iniciais de desequilíbrio que antecedem a execução da técnica (kuzushi), onde a passagem da contração estática para a dinâmica, em máxima velocidade, é fator tático contra o adversário; ou ainda quando, previamente ao kusushi, é realizado um deslocamento (shintai).

O aproveitamento do momento de menor resistência do corpo para executar uma puxada com a máxima força e velocidade caracteriza o princípio da máxima eficiência na utilização energética, prerrogativa conceitual dos princípios do Judô defendido por Jigoro Kano.

O aumento singular da força concêntrica ou excêntrica, sugerido por Cronin et al, pode ter uma correlação com o desempenho sob determinadas circunstâncias, levando-nos a supor que um treinamento de força compatível com as necessidades competitivas dos judocas resultaria em um melhor rendimento.

Entretanto, quais programas de treinamento de força contra-resistência potencializariam ações técnicas no judô?

O conhecimento científico existente sobre meios e métodos de treinamentos contra-resistência são muito abrangentes e generalistas, o que torna difícil verificar quais influenciariam de forma positiva as execuções técnicas dos judocas de maneira potencial.

Dessa forma, esse manuscrito tem como objetivo fornecer informações sobre as questões que abrangem essa temática.

Tomando como ponto de partida os tipos de ações que o músculo realiza, os modelos de treinamento existentes apresentam propostas de ganhos de força através de exercícios contra-resistência de características isométricas, isotônicas e isocinéticas (concêntrico-concêntrico ou concêntrico excêntrico).

A isométrica, ou estática, é considerada como aquela em que nem o comprimento muscular, nem o ângulo articular, sobre o qual o músculo está agindo, sofre alteração, não aumentando ou diminuindo. 8 A isotônica, ou dinâmica, é toda ação muscular que envolve movimento e consiste da mudança do comprimento da fibra muscular. Esta se divide em concêntrica e excêntrica. Na primeira, o músculo encurta-se, e a força produzida por ele tem a mesma direção que o deslocamento do segmento.8

Distintamente dos objetivos proporcionados pelos exercícios isométricos e isotônicos, os isocinéticos baseiam-se na manutenção das contrações musculares, que ocasionam a movimentação dos membros independente da força aplicada, a um padrão constante de velocidade angular e encurtamento de fibras musculares. Porém para que isso ocorra de forma coerente são necessários aparelhos especiais. 9 O tipo de resistência encontrada para a conseqüente ação de contração muscular é a maior diferença entre eles.

Divulgação Judo Familia Fontes
Leia Mais...
0

Nutrição em Atletas de Judô

Os atletas têm, em geral, necessidades nutricionais diferentes das outras pessoas. Tais necessidades podem variar de acordo com a modalidade, com o regime ou fase de treinamento e com o calendário de competições.

No judô, assim como em outras modalidades de combate, as competições são divididas em categorias de peso, com o objetivo de equilibrar as disputas. Todavia, é muito comum que atletas reduzam significativa quantidade de peso poucos dias antes das competições para lutar em uma categoria mais leve

1 . Os métodos geralmente utilizados para diminuir o peso são: restrição alimentar e hídrica severas, uso de agasalhos durante o treino, aumento do volume do treinamento e até ingestão de diuréticos e laxantes ou indução de vômitos

2 . Apesar dessas práticas serem perigosas à saúde dos atletas, muitos as iniciam de forma bastante precoce, aproximadamente aos 14 anos de idade

3 . Para manter um estado de nutrição adequado, basta que o atleta consuma uma dieta equilibrada em termos de macronutrientes, ou seja, basta que ele consuma cerca de 60% do total de calorias ingeridas de carboidratos, 15% de proteínas e 25% de gorduras. Os micronutrientes (vitaminas e minerais) também devem ser consumidos de acordo com as recomendações diárias de ingestão.

Os atletas devem, contudo, estar atentos ao peso corporal e à composição corporal durante toda a temporada , de modo que não seja necessário reduzir grande quantidade de peso antes das competições. Para tanto, o total de calorias ingeridas deve ser muito bem controlado.

Em vista disso, é extremamente aconselhável que os atletas procurem a orientação de nutricionistas, pois somente esses profissionais estarão aptos a prescrever uma dieta adequada em termos de quantidade de calorias e micronutrientes, e distribuição dos macronutrientes.

Caso seja realmente necessário reduzir o peso para uma competição, recomenda–se que não se reduza quantidade superior a 2% do peso corporal

4 . e que a redução seja gradual (i.e, máximo de 1 kg por semana) 5 . Durante o período de diminuição do peso, a dieta deve ser muito rica em carboidratos, com o consumo superior a 60% do total de calorias ingeridas

5 . e o consumo de aminoácidos de cadeia ramificada pode evitar a perda de massa magra e auxiliar a perda de gordura

6 . Se houver um lapso de tempo entre a pesagem e o início da competição, o atleta deve consumir apenas carboidratos durante esse período, pois esse procedimento acelera a recuperação do desempenho anaeróbio

7 . A ingestão de 320 g de glicose combinada com 30 g de creatina também pode auxiliar o retorno do desempenho aos valores normais após a pesagem

8 . É preciso, entretanto, reforçar a idéia de que os atletas devem lutar em categorias que, de fato, condigam com sua estrutura física. Caso contrário, o judoca que quiser manter seu peso próximo ao limite da categoria terá que consumir uma dieta muito aquém de suas necessidades energéticas. Isso pode levar à queda no desempenho e a traços de desnutrição

9 . Ou então, caso o atleta decida reduzir o peso a poucos dias da competição, ele terá de utilizar métodos de perda rápida de peso, e estará sujeito aos seguintes problemas:
1) alteração na concentração de alguns hormônios, como aumento do GH e diminuição da testosterona, 2) diminuição do fluxo sangüíneo renal e do volume de filtração sangüínea nos rins, 3) aumento da perda de eletrólitos, 4) diminuição da atividade do sistema imunológico, 5) interrupção temporária do crescimento, 6) piora do estado de humor, 7) queda de eficiência do sistema cardiorrespiratório, 8) redução do conteúdo e da taxa de utilização do glicogênio muscular, 9) aumento da temperatura corporal e dificuldade de termorregulação, e 10) diminuição significativa de diversos parâmetros do desempenho.
Leia Mais...
1

O significado do Kimono

sábado, 4 de dezembro de 2010.
O traje usado para praticar o Judô chama-se “JUDOGUI”.

Consiste numa vestimenta ampla, branca, composta de duas peças: O Blusão (Bagui) e as Calças (Zubon). Em torno da cintura o judoca usa a faixa (Obi) amarrada com um nó direto, que representa seu nível de aprendizado.

O Kimono (Judogui) representa a nossa mente (por isto, deve ser branco, imaculado); a Faixa corresponde ao nosso caráter, nossa formação (ela nos envolve de responsabilidade); o Nó é a nossa fé, nosso respeito, nossa compromisso (por isto, nunca devemos desamarrar nossas faixas em frente aos nossos Superiores).

Em demonstrações, fotos e filmes didáticos, Tori e Uke costumavam usar quimonos diferentes, sendo aceito o amarelo, cinza, azul ou negro, apenas com a finalidade de se diferenciar mais facilmente os movimentos de quem aplica e de quem recebe a técnica.

Divulgação Judo Familia Fontes

Fonte: Judô Dino's.
Leia Mais...
1

A importância do aquecimento muscular

Antes de iniciar os treinos de Judô, deve-se sempre aquecer os músculos, a fim de evitar distensões e deslocamentos, naturais, por não estar o corpo preparado para o esforço feito durante os treinos.

Durante o aquecimento muscular, o praticante, não deve esquecer que a finalidade deste é apenas preparar o corpo, portanto a ginástica deve ser feita moderadamente, de maneira que o corpo não esteja cansado ao iniciar os treinos.

Após o preparo inicial, o corpo deverá estar suado, flexível, para iniciar, propriamente dito, os treinos. Todas as ginásticas se forem bem feitas e assiduamente, darão um preparo físico excelente para campeonatos.

Adiciona-se às ginásticas, o treino completo de judô, além de corridas periódicas que podem variar de 5 a 15 km, de acordo com a finalidade da luta.

Veja algumas técnicas de alongamento:



Divulgação Judo Familia Fontes

Fonte: Judo Dino's
Leia Mais...
0

Kime-no-kata – Formas de decisão

segunda-feira, 15 de novembro de 2010.
15/11/2010

Criado por volta de 1906, a partir de outros estilos de jujutsu combinando com idéias de Jigoro Kano. Esse kata é igualmente reconhecido por shinken-shobu-no-kata, que se traduz em formas de combate real. Foi criado para perpetuar as técnicas de atemi-waza e só pode ser executado dessa forma especial, utilizando as mãos nuas ou com armas. Executa-se em 02 posições, uma ajoelhado e a outra em pé, divide-se em 02 grupos: Idori e Tachiai-Idori

I. Idori – Defesa em posição de seza

1. Ryote-dori – Segurar os dois pulsos com as duas mãos2. Tsukkake – Murro ao estômago3. Suri-age – Golpe deslizando pela face4. Yoko-uchi – Murro lateral5. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás6. Tsukkomi – Golpe ao estômago com o punhal7. Kiri-komi – Fender a cabeça com o punhal8. Yoko-tsuki – Golpe lateral com o punhal

II. Tachi-ai – Defesas em posição de pé

1. Ryote-dori – Agarrar os dois pulsos com as duas mãos2. Sode-tori – Agarrar as mangas3. Tsukkake – Murro à cara4.Tsuki-age – Murro para cima (“uppercut”)5. Suri-age – Golpe deslizando pela face6. Yoko-uchi – Murro lateral7. Ke-age – Golpe aos testículos8. Ushiro-dori – Agarrar os ombros por trás9. Tsukkomi – Golpe ao estômago com o punhal10. Kiri-komi – Fender a cabeça com o punhal11. Nuki-kake – Impedir de desembainhar12. Kiri-oroshi – Fender a cabeça com o sabre

Idori – Defesa em posição de seza









Tachi-ai – Defesas em posição de pé












Divulgação Judo Familia Fontes

Fonte: Elton Silva
Leia Mais...
0

UM OLHAR TRADICIONAL SOBRE A CONTEMPORÂNEA FILOSOFIA DO JUDO,

15/11/2010

Por:Clóvis Corrêa Luiz Júnior,Giovanna Carla Interdonato, Bianca Miarka e Márcia Greguol.

RESUMO

Este estudo teve como objetivo investigar qual a opinião dos mestres mais graduados em judô do estado do Paraná sobre a atual conduta dos judocas diante dos valores tradicionais da filosofia do judô. Para isso, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo. A amostra foi composta por três senseis. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas. Os resultados demonstram que os senseis acreditam que houve grandes mudanças por parte dos atletas em relação à valorização da filosofia do judô. No entanto, eles enfatizam que existe uma pequena minoria que cultiva os valores tradicionais da filosofia do judô.
Palavras-chave: Filosofia, Judô, Tradicional

INTRODUÇÃO

Atualmente um dos assuntos que vem causando certa polêmica e que é dificilmente abordado é a questão dos princípios filosóficos do Judô, pelo fato de que a modalidade, na maioria das vezes, vem sendo vista e praticada apenas com caráter competitivo, esquecendo-se dos valores que abrangem esta arte marcial.
O objetivo do estudo foi investigar quais as percepções que alguns senseis apresentam sobre a aplicação atual dos princípios filosóficos originais do judô.
Com tal estudo será possível ponderar sobre como vem se tratando da parte filosófica que é parte fundamental do judô criado por Jigoro Kano (VIRGÍLIO, 1986).
JUDÔ: RAÍZES E CRIAÇÃO UM BREVE RELATO

As artes marciais foram praticadas no Japão durante o período feudal, como a lança, arco e flecha, esgrima e muitas outras. O jujutsu era uma delas, também chamado Taijutsu e Yawara. Era um sistema de ataques que envolvia projeções, pancadas, cuteladas perfurantes e lacerantes, estrangulamentos, cotoveladas, joelhadas e imobilizações do oponente, bem como a defesa contra esses ataques.

Embora as técnicas do jujutsu fossem conhecidas desde os tempos mais primitivos, até a última metade do século XVI o jujutsu não era praticado nem ensinado sistematicamente. Durante o período Edo (1603-1868) transformou-se numa arte complexa, ensinada por mestres de numerosas escolas (KODOKAN, 1994).

Um rapaz filho de imperadores japoneses como o nome de Jigoro Kano buscou no Jujutsu uma saída na qual pudesse desenvolver suas capacidades físicas e melhorar sua qualidade de vida, por ser um rapaz de porte físico fraco, por volta de 1,50m e 50 kg, e apresentar uma saúde debilitada. Kano tinha como principal objetivo aprender esta arte para resgatar o prestígio do país, que passava por fortes mudanças com a entrada da cultura estadunidense, e também tinha o propósito de utilizar a arte marcial para educar não apenas o corpo, mas a questão moral e intelectual do indivíduo. Ele possuía um senso crítico por ser um estudante universitário, o que foi importantíssimo para ele começar a fundamentar o seu aprendizado de jujutsu junto à ciência, tendo a base científica para fundamentar a arte que estaria para criar. Percebeu então que poderia realmente utilizar destas técnicas com pressupostos pedagógicos para trabalhar o caráter do indivíduo. Depois de algum tempo, no fundo de um templo, chamando eishoji, funda o Kodokan, (que “ko” significa divulgar, “do” significa caminho, doutrina da vida e “kan” é local), ou seja, local para divulgar doutrina da vida, onde começou a ensinar o Judô. Com isso Kano saiu totalmente dos padrões de nomes das academias de jujutsu que eram todos relacionados à guerra.

Nesta época ainda não se denominava Judô, então Kano conservou a primeira letra Ju de jujutsu e substitui o jutsu, que significa aprimoramento da arte, por do, que tem um significado amplo de caminho, como doutrina da vida, caminho da vida que o indivíduo deve seguir até a morte.

A filosofia de Jigoro Kano tinha como objetivo, de acordo com TAKAGAKI, SHARP, 1997) apud MIARKA, (2006), divulgar, através da arte chamada agora de Judô, sua prática em princípios filosóficos para torná-la um meio de aprimoramento físico, intelectual e do caráter, em processo de aperfeiçoamento geral do ser humano.
Para isto o Kano fundamentou a filosofia do judô em duas máximas e nove princípios, os quais caracterizam a verdadeira essência da filosofia judoística.

Virgilio (1986) comenta que, independente do objetivo com que se pratica Judô, tanto para fins recreativos ou competitivos, os princípios e a filosofia do judô devem ser constantemente embutidos em seus praticantes de maneira séria e responsável para que haja um progresso técnico e filosófico. Em 1938, em uma reunião do Comitê Olímpico em Cairo, Egito, com objetivo de levar as Olimpíadas de 1940 para o Japão, Kano ao ser entrevistado por um repórter disse que: “Judô tem toda característica de esporte competitivo, mas tem algo mais que é subjetivo, que é a essência do judô, que é formar caráter do indivíduo através da prática das técnicas; se incluírem o judô nas olimpíadas esta essência se perderá.”

O crescimento do judô em todo o mundo foi lento, mas constante. O impulso decisivo aconteceu nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 64, quando se tornou realmente um esporte olímpico de projeção internacional. A partir deste marco o Judô começou a se distanciar de sua filosofia e ser encarado apenas como uma forma de disputa. Logo, torna-se instigante investigar, pelo exposto, como os senseis mais tradicionais e graduados do estado do Paraná vêem este fenômeno atualmente.

MÉTODOS

Este estudo de natureza qualitativa teve por objetivo investigar a opinião dos mestres mais graduados em judô do estado do Paraná sobre a conduta dos judocas atualmente em relação aos valores da filosofia do judô. O método qualitativo possui a característica de ter como objeto situações complexas ou estritamente particulares. Pode não só descrever a complexidade de um problema, como também compreender e classificar processos dinâmicos de grupos da sociedade e, inclusive, contribuir para processos de transformação de certos grupos sociais. De acordo com Minayo (1994), a metodologia qualitativa é indicada ao reconhecimento de situações particulares, grupos específicos e universos simbólicos que, neste caso, vinculou-se à atual filosofia do judô na visão de mestres tradicionais desta arte.

O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira foi a realização de uma revisão de literatura do tema em questão. A segunda correspondeu à entrevista que foi realizada através de um questionário elaborado pelos pesquisadores, o qual faz inferência ao tema questionado foi aplicado a uma amostra composta por três senseis, com idades entre 60 a 70 anos, com graduações acima do 7º Dan no Judô, todos portadores de diploma de nível superior e residentes no estado do Paraná.

As questões buscaram contemplar a temática e os elementos importantes a ela subjacentes sendo divido em três etapas:

1. Dados de identificação: Nome, idade, descendência etc.

2. História e trajetória de vida: “Com quantos anos se iniciou no Judô?”, “O que
significa a Filosofia do Judô para você?” etc.

3. Concepções dos senseis em relação à Filosofia do Judô: “Qual a sua visão da Filosofia do Judô em relação aos atletas atuais? Ela é praticada? Por que?”, “Quais os aspectos da filosofia do judô que o atleta pode levar para a sua formação e exercer seus direitos de cidadão ?”, etc.
Os dados obtidos foram analisados descritivamente por meio da Técnica de Análise de Conteúdo em que se tratou de descrever os conteúdos conforme análise que visou subtrair das comunicações, indicadores (qualitativos ou não) que possibilitassem fazer inferências de conhecimentos relativos às condições que permearam a emissãorecepção da mensagem comunicada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados mostraram que os senseis acreditam que a filosofia do Judô continua a mesma desde que foi criada, mas a maneira de como esta filosofia vem sendo transmitida e empregada se modificou bastante, em todos os segmentos, desde os professores de academia no processo de ensino aprendizagem até os dirigentes na questão organizacional. De acordo com um dos entrevistados: “Anos atrás a formação dizia muito sobre o judoca, de onde foi formado, se o sensei era bem conceituado, mas na atualidade leva-se pouco em consideração esta referência. Acima de tudo, tem que gostar da modalidade, abraçá-la e levar junto seu semelhante. O mais difícil no Judô atualmente é administrar as vaidades, as mesquinharias. Só então quando isto se modificar é que poderemos adotar a filosofia do judô na teoria e também na prática”.

Este fato corrobora com o estudo realizado por SANTOS et al, (1990), o qual teve por objetivo analisar o conhecimento dos judocas em relação aos princípios filosóficos do judô. De acordo com o estudo, os judocas disseram que possuem o conhecimento de que a filosofia do judô existe. No entanto, cerca de 74% dos entrevistados não sabia dizer nenhum dos princípios que são aspectos primordiais da filosofia do judô. Logo os autores concluíram que a filosofia do judô está perdendo sua ideologia e deram como explicação ao fato a metodologia de ensino que os técnicos estão utilizando em seus treinamentos, em que adotam como objetivo apenas o rendimento esportivo. É válido ressaltar que um fator que pode justificar o não conhecimento da filosofia do judô são as diferenças culturais entre o oriente e o ocidente. De acordo com o estudo de Borges (2003), a falta de conhecimento ocorre pela confusão entre espiritualidade e religião, dando margem a diferentes interpretações e não entendimento, principalmente quando ocorre a falta de embasamento teórico.

Desta forma, faz-se necessário que seja transmitida a filosofia proposta pelo criador Jigoro Kano com os significados dos conceitos, os princípios e as máximas judoísticas.

Quando abordados sobre os benefícios da filosofia para a personalidade do indivíduo, as respostas foram unânimes. Todos disseram concordar que ela realmente tem a contribuir para os atletas. “A filosofia do judô leva a refletir que judô não é a ‘poção mágica’ que possa trazer todas as melhorias, mas através desta arte marcial, da experiência pessoal, pode-se aconselhar e demonstrar que a filosofia que em qualquer atividade que venha a exercer, dar o máximo de si, usando a capacidade individual racionalmente para que venha trazer benefício para a sociedade em todos os segmentos da vida, pessoalmente, profissionalmente, contribuir para a sociedade em todas as áreas que um judoca atua, sendo o melhor possível”.

De acordo com os senseis entrevistados, o judô atualmente vem sofrendo mudanças em todos seus aspectos principalmente os relacionados aos valores judoísticos fato este que eles atribuem principalmente ao caráter competitivo do esporte atualmente.

Para eles o judô nunca deveria ter sido olímpico, “aprimorou-se a prática e se esqueceu da filosofia e dos valores”. De acordo com a fala de um deles, um exemplo disto: “Em competições atualmente mal fazem esta saudação, e não se pode deixar a área de combate antes de saudar o adversário, mas o que se vê é atleta saindo correndo, comemorando, indo abraçar pai, mãe, namorada etc. O árbitro não pode arrastar o atleta de volta e abaixar a cabeça do atleta, então é preciso que sejam ensinados os bons modos”.

Quando perguntado sobre o que fazer para reverte esta situação, os mesmos disseram que: “A filosofia não pode ser mudada, mas pode ser adaptada à realidade da sociedade em que se vive, porém a essência de formar bom cidadão não deve ser modificada”. De acordo com os senseis, este processo de descaracterização do judô é dificilmente reversível e seria necessário que as federações e confederações se conscientizassem e buscassem alternativas para tentar modificar esta realidade.

CONCLUSÃO

Pode-se notar que os senseis mais graduados acreditam que houve grandes mudanças no modo de ensino da filosofia do judô, principalmente pela modalidade ter sido transformada em esporte mundial, em que se visa principalmente o rendimento técnico e se deixa de lado a essência do judô. Acreditam também que o processo é muito difícil de ser revertido e que caminha para uma divisão entre Judô Competitivo e Judô Tradicional, porém ainda crêem que existem muitos judocas que praticam o verdadeiro Judô, apesar das mudanças ocorridas nos últimos tempos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEIXO, Antônio Lopes. A Dimensão Social do Judô na Formação do Jovem. IN: THE SECOND INTERNATIONAL JUDO FEDERATION WORLD JUDO CONFERENCE. Munique, 2001.
BORGES, E. O judô e suas simbologias ocidentais. Disponível em: http.www.judobrasil.com.br. Acessado em: 2 de junho. 2003.
CARVALHO, Mauri. Judô: a arte de educar para enfrentar. IN: PALESTRA “JUDÔ: ÉTICA E EDUCAÇÃO”. 2006, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: II Módulo de Estágio Técnico da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro, 2006
DEL VECCHIO, Fabrício Boscolo; MATARUNA, Leonardo. Jigoro Kano e Barão De Coubertin: nuances de um pré olimpismo no oriente. Capminas, 2003.
DRIGO, Alexandre Jonatta. Reflexões sobre a História do Judô no Brasil: A Contribuição dos Senseis Uadi Mubarac e Luis Tambucci. ______, 1997.
KODOKAN. What is Judo? 4ª ed. Tokyo, 1956.
LASSERRE, Robert. Judô: Manual Prático. 2ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1975.
MIARKA, Bianca. Efeitos de Diferentes Ações Musculares Pré-esforço na Realização do Special Judô Fitness Test. 2007. Monografia (Especialização Lato sensu em Treinamento Esportivo) – Universidade Estadual de Londrina.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento científico:Pesquisa qualitativa em saúde (2a. ed.). São Paulo: Hucitec-Abrasco 1994.
RUAS, Vinícius. Os Admiráveis Samurais e a Etnografia de Jigoro Kano. Rio de J aneiro, 1997.
SANTOS, Saray Giovana. Judô: Onde Está o Caminho Suave?. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desenvolvimento Humano, Florianópolis, n. 1 Vol. 8, 2006 SANTOS, Saray Giovana; MELO, Sebastião Iberes Lopes. Os "ukemis" e o judoca: significado, importância, gosto e desconforto Revista Brasileira de ineantropometria
& Desenvolvimento Humano, Florianópolis, n. 2 Vol. 5, 2003 SANTOS, Saray Giovana. et al. Estudo sobre a Aplicação dos Princípios Judoísticos na Aprendizagem do Judô. Maringá, 1990.
SILVA, Daiene; SANTOS, Saray Giovana. Princípios filosóficos do judô aplicado à prática e ao cotidiano. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Ano 10 - N° 86 – julho. 2005.
TICHENOR, Clyde. The Philosophy of Judo. Encimo Judo Club, 1999.
VIRGÍLIO, Stanley. A Arte do Judô. 2ª ed. Campinas: Papirus, 1986

Divulgação Judo Familia Fontes

Fonte: Elton Silva
Leia Mais...
0

Regras de Judô - POSIÇÃO E FUNÇÃO DO JUIZES

sexta-feira, 29 de outubro de 2010.
ARBITRAGEM
Federação Internacional de Judô - Regras de Arbitragem

ARTIGO 7 – POSIÇÃO E FUNÇÃO DOS JUIZES

Os juizes auxiliarão o árbitro e sentar-se-ão em cantos opostos, fora da área de competição. Cada juiz deverá indicar a sua opinião fazendo o gesto oficial apropriado, sempre que a mesma seja diferente da do árbitro, quer na avaliação técnica, quer na aplicação do castigo anunciado pelo árbitro.

Se o árbitro expressar uma opinião de valor mais elevado que as dos 2 juizes no que respeita à vantagem técnica ou castigo, deve alterá-la para a do juiz que expressou o valor mais elevado.

Se o árbitro expressar uma opinião de valor mais baixo que a dos dois juizes no que respeita à vantagem técnica ou castigo, deve alterá-la para a do juiz que manifestou o valor mais baixo.

Se um juiz expressar uma opinião de valor mais alto que a do árbitro e o outro juiz um valor mais baixo, o árbitro mantém a sua opinião.

Se ambos os juizes manifestam uma opinião diferente da do árbitro e este não reparar nos seus gestos, deverão levantar-se, mantendo o gesto efetuado até que o árbitro repare e altere a sua decisão. Se depois de alguns segundos o árbitro não tiver reparado nos juizes que estão levantados, o juiz que estiver mais próximo do árbitro deve imediatamente aproximar-se e informá-lo da opinião da maioria.

O juiz deverá, através do gesto próprio, manifestar a sua opinião acerca da validade de qualquer ação junto ao limite ou fora da área de combate.

Qualquer discussão é possível e necessária somente se o árbitro ou um dos juizes tiver visto algo que os outros não viram e que possa alterar a decisão.

Os juizes devem também observar que os resultados registados pelo marcador estão corretos e em conformidade com os resultados anunciados pelo árbitro. Se devido a uma razão considerada necessária pelo árbitro, um competidor tiver que se ausentar temporariamente da área de competição, um dos juizes deve obrigatoriamente acompanhá-lo, a fim de verificar se não ocorre nenhuma anomalia. Esta autorização deverá ser dada em circunstâncias excepcionais (trocar o judôgi em caso de não conformidade com as normas).

APÊNDICE Artigo 7 – Posição e função dos juizes

O árbitro e os juizes devem abandonar a área de competição durante as apresentações ou qualquer demora no programa.

O juiz deve sentar-se com os pés afastados, fora da área de combate e deve colocar as mãos, com as palmas voltadas para baixo, nos joelhos.

Um juiz deve verificar se o quadro está incorreto e deve chamar a atenção do árbitro para o erro cometido.

Um juiz deve ser rápido a afastar-se e a retirar a sua cadeira, se a sua posição for perigosa para os competidores.

Um juiz não deve antecipar-se ao gesto do árbitro para assinalar um resultado.

Numa ação no limite da área de combate, o juiz deve de imediato fazer o gesto para mostrar se a ação foi DENTRO ou FORA.

Se um competidor tiver que mudar alguma parte do uniforme fora da área de competição e o juiz que o acompanha não for do mesmo sexo, um oficial designado pelo diretor da arbitragem deverá substituir o juiz a acompanhar o competidor.

Se a sua área de competição não está a ser utilizada e está a decorrer um combate na área adjacente, o juiz deverá retirar a sua cadeira se esta constituir perigo para os competidores.

Divulgação Judo familia Fontes

Fonte: AD São Caetano
Leia Mais...
 
Melhor Site de Estudo Bíblico